Micropholis crassipedicellata (Mart. & Eichler) Pierre

Informações da avaliação de risco de extinção

Informações sobre a espécie

Notas Taxonômicas

Microphilis crassipedicellata é uma espécie bastante distinta, essencialmente toda glabra, com folhas oblanceoladas, venação distinta e frutos grandes. A venação é bastante semelhante a de M. gnaphaloclados e M. venulosa, mas com venação mais amplamente espaçada e abruptamente ascendente, também se diferencia pela forma das folhas (Penninton, 1990).

Dados populacionais

Aguiar (2003) encontrou para Micropholis crassipedicellata 45 ind/ha (n=258). Catharino et al.(2006) registrou 4 ind./ha Reserva Florestal do Morro Grande (RFMG), Cotia, São Paulo. Fonseca (2009) encontrou 3,3 ind./ha no Vale doGarrafão, região inserida nos domínios do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNASO), Guapimirim, RJ. Foram amostrados 14 ind./ha com padrão espacial aleatório em área de Reserva Biológica de Sooretama, Linhares, ES (Paula, 2006). Sambuichi e Haridasan (2007) encontrou 11 ind. em 3 ha. em área de cabruca em Ilhéus, BA. Segundo Sambuichi (2006) a espécie manteve a quantidade de indivíduos amostrados entre os anos de 1998 e 2005 (1ind./1,7ha) em área de cabruca, em Ilhéus, BA. A espécie foi registrada como uma das espécies de maior IVI em floresta de tabuleiro na Reserva Natural Vale do Rio Doce, ES (Peixoto et al., 1995).

Distribuição

Micropholis crassipedicellata ocorre no Nordeste (Bahia) e Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro) (Carneiro; Almeida, 2010).

Ecologia

Micropholis crassipedicellata é uma árvore de 35m de altura e 70 cm de diâmetro, possui látex brancos ou róseo. As flores são verde-claro e frutos amarelos (Penninton, 1990). Presente no grupo sucessional da Secundárias Tardias (Aguiar, 2003) ou Clímax (Rolim et al., 1999). Espécies apontadas por Oliveira Filho e Fontes (2000) como indicadoras para as diversas fisionomias no domínio da Floresta Atlântica do Sudeste brasileiro, presentes nos fragmentos de Floresta Atlântica ombrófila de baixas altitudes da bacia do rio São João, RJ.

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Incidência local
Severidade high
Detalhes ​A espécie se encontra em áreas que já foram bastante degradas como a Reserva Biológica de Poço das Antas, RJ, área que foi, no passado, explorada como área de lavoura e pastagem, e as manchas de floresta que sobreviveram à expansão agrícola ao norte do Rio de Janeiro são resultantes de processos sucessionais de diferentes épocas e distintos manejos de solos. E Parque Estadual do Desengano, Campos dos Goytacases, RJ, floresta que encontra-se hoje ilhada e fragmentada por uma série de atividades agropecuárias que se desenvolvem na região desde a colonização, principalmente pelo plantio de cana-de-açúcar e pastagem (Moreno et al., 2003).

Ações de conservação

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre no Parque Estadual Carlos Botelho, que ocupa parte dos municípios de São Miguel Arcanjo, Capão Bonito, Sete Barras e Tapiraí, Estado de São Paulo (Aguiar, 2003). Reserva Florestal do Morro Grande (RFMG), em Cotia, região metropolitana de São Paulo (Catharino et al., 2006). Floresta Nacional de Rio Preto (FNRP) Conceição da Barra, ES (Chichorro et al., 2003); Reserva Floresta de Linhares, ES (Peixoto et al., 1995; Rolim, 1999).

1.2.1.1 International level
Situação: on going
Observações: ​Menos preocupante (LR/cd). Lista vermelha da IUCN (O'Brien, 1998).